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ZULEIDE FARIA DE MELO, UMA COMUNISTA EXEMPLAR!

Atualizado: 9 de jun.

É com profunda tristeza que a Associação Cultural Losé Martí do Rio de Janeiro comunica o falecimento de Zuleide Faria de Melo, sua presidente de honra, aos 93 anos.


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“eu queria reafirmar que continuo acreditando mais do que nunca que a ideologia e as propostas do marxismo e do leninismo são as únicas que poderão salvar a humanidade nesse século que prometeu ser o século das luzes e está sendo o século da escravidão. E dizer o seguinte: nós precisamos entender adequadamente a força do grande capital e que o capitalismo é destruidor pela sua natureza. Ele tem de destruir o que ele construiu para poder jogar um produto novo no mercado e ter novos adeptos. Nunca os meios de comunicação no mundo estiveram tão a serviço dos desejos do grande capital.” (Zuleide faria de malo – 28 de abril de 2014)


MULHER FORTE, GUERREIRA, AMANTE DA VIDA

Nascida em Limoeiro (AL), no dia 6 de janeiro de 1932, Zuleide viveu em Alagoas até o final da infância. Foi para o Rio de Janeiro quando tinha por volta de 11 anos de idade; cursou o antigo ginásio e o secundário no colégio Dois de Dezembro, escola tradicional do estado. Casou-se aos vinte anos de idade e teve duas filhas (Liana e Leila).

 

Foi professora do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi presidente do PCB até o ano de 2008.

 

Trabalhou como tradutora na Editora Civilização Brasileira, em 1965. No mesmo ano, entra para as fileiras do Partido Comunista Brasileiro. Entretanto, sua militância começa alguns meses antes, logo após o golpe de 1964. Ao lutar pela libertação de um primo de Alagoas, Jurandir Bóia, à época diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE), abrigou em sua casa alguns militantes perseguidos pela ditadura militar, dentre eles membros das Ligas Camponesas e quadros comunistas como Jayme Miranda.

 

Nos anos 1970, integrou a assessoria do Comitê Central (CC), assumindo a tarefa por datilografar e imprimir textos e jornais do Partido, como o ‘’Voz Operária’’. Em 1974, com José Sales e Marly Vianna, também membros do CC, foi a São Paulo para trazer para o Rio todo o acervo de Astrojildo Pereira. Em 1977, a documentação foi para a Itália e compôs o Arquivo de Roberto Morena, o Archivio Sociale Della Memoria Operaria Brasiliana, que garantiu a preservação de mais de três décadas de memórias das lutas dos trabalhadores brasileiros.

 

Em 1978, Zuleide integrou o CEBRADE, Centro Brasil Democrático, entidade criada por Oscar Niemeyer para aprofundar a luta contra a ditadura e, no período, recebeu a incumbência de trabalhar para o Comitê Central, cumprindo tarefas partidárias. Na década de 1980, atuou na favela do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, organizando mobilizações pela construção de creche e pelo direito à energia elétrica e à água encanada.

 

Zuleide entrou para o Comitê Central do PCB em 1987, no VIII Congresso. Fez parte do Movimento em Defesa do PCB, em 1992, cedendo sua casa para reunir o comando central da resistência à tentativa de liquidar o Partidão. No processo de Reconstrução Revolucionária, dividiu os trabalhos de direção nacional do Partido com Ivan Pinheiro, ocupando a Presidência, em sucessão ao camarada Horácio Macedo, até o ano de 2008.

 

Dedicou-se à causa internacionalista, ocupando cargos no Instituto Cultural Brasil-União Soviética, no CONDEPAZ (Conselho Brasileiro de Defesa da Paz), criado para combater o acirramento da Guerra Fria e da corrida armamentista provocado pelo imperialismo.



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Foi uma signatária da fundação da Associação Cultural José Marti do Rio de Janeiro, em 1984, onde exerceu a presidência e recentemente ocupa honraria de presidente de honra. Destacou-se pela defesa vigorosa da revolução cubana e sua experiência socialista.

 

Zuleide Faria de Melo deixou um legado de comprometimento e solidariedade internacionalista que continuará a inspirar os trabalhos da Associação Cultural José Martí do Rio de Janeiro.

 

Neste momento de luto, manifestamos nossa mais sincera solidariedade à família e aos amigos de Zuleide. Que seu exemplo de coragem e dedicação as causas comunistas e internacionalistas permaneça vivo em cada um de nós.

Zuleide farinha de Melo, presente!

 

Diretoria da Associação Cultural José Martí Rio de Janeiro

29 de maio de 2025

 


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